Que convém mais a vida do que alegrar-se com ela? Quem se alegra com a vida, assume-a como ela é. Alegra-se com a origem de onde ela lhe foi dada. Alegra-se primeiro com seus pais e antepassados; ultrapassando-os, alegra-se com o todo maior do qual depende a vida e que a sustenta. Alegra-se com tudo que pertence a vida, com o fluir que a promove ou mantém e com o que a faz transbordar e fluir continuamente para outras pessoas, atuais e futuras.

Quem se alegra com a vida, alegra-se também com a vida das outras pessoas. Deseja-lhes o bem, quer que elas cresçam, se expandam se realizem. Coloca sua própria vida a serviço da vida delas e recebe sem hesitação o que lhe querem dar de suas próprias vidas. Nesse intercambio, sua vida se enriquece, juntamente com a vida dessas pessoas.

Mas a vida também cresce quando sofre resistência. Não há crescimento sem oposição, essa é uma das condições da vida. Em vez de evitar a resistência, devemos supera-la pelo crescimento. Fortalecido por ela, tanto mais nos alegraremos.

No entanto, nossa vida também caminha para um fim, mais precisamente, ela cede lugar a outra vida. Quando queremos bem a nova vida, de boa vontade lhe cedemos lugar e nos retiramos no tempo devido, alegrando-nos com o novo e o abençoando, reconciliados com o fim de nossa vida.

Fonte:
Livro – Pensamentos a caminho
Bert Hellinger
Editora Atman