Quando buscamos por soluções, direcionamento, curas e também entender situações, pessoas, emoções, sensações, relacionamentos, perdas e fracassos, nós sempre nos orientamos por aquilo que vemos, sabemos e, a partir daí tomamos decisões, apontamos culpados, afastamos alguns, nos aproximamos de outros. Às vezes, lutamos contra aquilo que nos impede de ir adiante, em outros momentos nos paralisamos como se algo grande demais para ser assimilado nos congelasse, e nesse congelamento, às vezes, perdemos preciosos anos de nossas vidas.

As questões com as quais nos deparamos, sempre trazem em si algo que vai além do aparente, um lado que nos é oculto e que abarca mais do que podemos ver e mais do que possamos imaginar. Esse oculto do aparente protege algo, age a serviço de soluções maiores e, espera pelo nosso olhar, até pela nossa ajuda, embora, tenha um jeito um tanto estranho de demonstrar isso, nos tomando a serviço sem prévio aviso.

Na dinâmica das constelações, com o olhar sistêmico, esse oculto é revelado e aquilo que esperava pode ser visto, reconhecido, integrado. Assim, também nos libera para continuarmos, porém, acrescidos de algo especial, uma força, que mesmo permanecendo oculta nos impulsiona no aparente.

Homero Zolli