16/08/2011
O novo se anuncia, porque faz parte de um movimento que continua sua marcha. Por essa razão, com frequência, intuímos o que virá a seguir.
O novo não existe ainda, porque ainda está por vir. Frequentemente, ele é diferente de como o havíamos imaginado, por isso, também nos surpreende. Ele é esperado e também temido.
Embora nós o esperemos, ele nos surpreende e temos que nos adaptar a ele. Pois com a chegada do novo, algo velho se vai.
Tememos ao novo quando ele exige de nós que abandonemos algo que nos era familiar. Ele não admite atrasos. Se demoramos, o novo já será velho, como aquilo que queríamos substituir. Ele se tornará velho, antes mesmo de ter podido ser o novo. O novo segue seu caminho como a vida e o amor. Se tivessem que parar, deixariam de existir.
Como então, enfrentamos o novo? Com decisão. O seguimos, nos deixando levar e guiar por ele. E nele crescemos e seremos mais.
O vinho velho é doce, mas já não fermenta mais. Somente de um vinho novo pode resultar algo, do mesmo modo como ocorre com uma criança.
Quem quer o novo, quer mais e ao mesmo tempo será mais. O novo nos desafia em todos os sentidos. Por exemplo, a nova tarefa, o novo visual, a nova experiência, o novo amor, a nova felicidade.
O novo nos mantem despertos e em movimento, nos mantem jovens. Por isso não podemos manuseá-lo nem repeti-lo como se fosse o velho. Nesse sentido é como se fosse uma aventura, não sabemos como terminará. No entanto, seguimos com ele um caminho, onde somos exigidos, vitais e entusiastas, na plenitude de nossa força.
Bert Hellinger
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